domingo, 14 de março de 2010

Quem Foi Maurício de Nassau?

João Maurício de Nassau-Siegen, cognominado "o Brasileiro", foi conde e (após 1674) príncipe de Nassau-Siegen. Filho do conde João VII de Nassau. Teve formação protestante.
Foi cavaleiro da Ordem de São João - a parte da Ordem que se filiou à reforma protestante.
Pouco se sabe da sua infância, passada em Siegen. Recebeu boa educação nas Universidades da Basiléia, onde chegou aos 10 anos, famosa desde os tempos de Erasmo, e de Genebra - importantes centros calvinistas no século XVII. Em Genebra, o rigor da época de Calvino estava atenuado pela presença de Teodoro de Bèze, grande teólogo protestante. Em 1616 ingressou no Collegium Mauritianum, criado por seu cunhado Maurício de Hesse-Kassel para filhos da nobreza protestante, participando da vida da corte da landgravina, sua meia-irmã Juliana.

Carreira militar

A sua formação protestante, além dos laços de parentesco com famílias nobres neerlandesas, levaram-no a ingressar, em 1621, na carreira militar a serviço dos Países Baixos, à época da guerra dos Trinta Anos, contra a Espanha. Muito cedo obteve um primeiro posto como alferes de cavalaria.
Foi cavaleiro da Ordem de São João, ligado à Bailia de Brandenburgo - a parte da Ordem que se filiou à Reforma Protestante. Aliás, é freqüentemente retratado tendo em seu peito a cruz de oito pontas ou de São João (Cruz de Malta), símbolo da ordem.
Fez a campanha militar de Breda (1625), para retomar a cidade aos espanhóis; a fase de reconquista das praças-fortes estratégicas, ao longo dos rios, inciou-se a partir de 1626, uma vez que, com a crise em Mântua, a Espanha para ali deslocou tropas. A reviravolta se deu em 1629, quando os neerlandeses ocuparam 's-Hertogenbosch. Desde 1626 fora promovido a capitão e, em 1629 a coronel. Em 1632 foi tomada Maastricht e Nassau distinguiu-se no cerco que culminou com a conquista de Nieuw Schenckenschans, numa ilha do rio Reno (1636), confirmando o seu prestígio e experiência militares. A vitória teve repercussão e tornou o seu nome respeitado. O conflito prosseguiu até 1648, quando pela Paz de Münster a Espanha reconheceu a independência da República, que prometeu respeitar a soberania espanhola ao sul de sua fronteira meridional.

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